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Estudos e práticas na catalogação de materiais raros e especiais

A revista Ponto de Acesso (v. 16, n. 3, 2022, edição especial “As marcas da proveniência: teoria & práxis”) publicou o artigo Atualizações dos estudos e práticas na catalogação de materiais bibliográficos raros e especiais: experiência da Seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos da Fiocruz, de autoria de Fátima Duarte de Almeida, Maria Claudia Santiago e Tarcila Peruzzor.

A Catalogação descritiva é uma técnica que permite extrair informações dos materiais bibliográficos de modo a torná-los conhecidos pelos usuários. Essa técnica já está bem cristalizada em relação aos livros comuns, porém as obras raras trazem especificidades que precisam ser igualmente descritas para que elas sejam adequadamente representadas. Nesse sentido, um dos campos do Formato MARC que mais ajuda a descrever as obras raras é o 500, que diz respeito às notas, principalmente quando nos referimos à descrição das marcas de proveniência. Esse artigo propõe relatar o trabalho de estudo e aplicação do campo 500 as informações extraídas do acervo da coleção de Obras Raras e Especiais da Biblioteca de Manguinhos após a feitura da bibliografia material das mesmas. Observamos que as notas possuem três naturezas distintas, que categorizamos como “intrínsecas” – inseridas na nota 500 (notas gerais), “extrínsecas” – alocadas nos campos de notas 590 (notas locais), 563 (encadernação) e as “auxiliares” – sendo os campos 541 (fonte de aquisição imediata), 561 (custódia histórica), 583 (nota de intervenção), 585 (nota de exposição), 591 (estado de conservação do material), e registro imagético ou acesso eletrônico no campo 856. Conclui-se que a catalogação das marcas de proveniência tem possibilitado a identificação e reunião de coleções dispersas no acervo de origem e em outros que possam se interrelacionar e contribuir na segurança do acervo a partir da individualização do exemplar, além da promoção da memória institucional, valorização e identificação de patrimônio cultural.

O artigo está disponível em: https://doi.org/10.9771/rpa.v16i3.52328

Fabrício Assumpção

Bibliotecário na BU/UFSC. Bacharel em Biblioteconomia, mestre e doutor em Ciência da Informação.

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